Localização: Rua da Graça
Categoria: Edifício Isolado
Tipologia: Arquitectura Religiosa
Protecção: Não Classificado
Descrição: Edifico de planta rectangular, de uma só nave, precedido de exonártex, com sacristia anexa.
O acesso faz-se por um beco calcetado com calhau rolado que desemboca num pequeno adro com bancos corridos, embelezado por duas velhas oliveiras selvagens.
A fachada principal termina em empena com cruz de cantaria cinzenta.
O nártex, que outrora foi alpendre, apresenta bancos corridos, chão lajeado a cantaria cinzenta insular e dois pilares em cantaria de cor que sustentam o tecto de madeira em tesoura.
A ermida abre-se por um portal de arco pleno, maneirista, em cantaria rija. Na parede lateral direita abre-se uma janela rectangular em cantaria mole com grade de ferro.
A sacristia é servida por uma porta em cantaria vermelha, tipo alheta e o campanário, de feição rectangular, na mesma cantaria termina em empena coberta em telha de meia cana. Não possui sino.
O interior apresenta um interessante lambril de azulejos tipo tapete com padrão de camélia, policromados (amarelo, azul e branco) do séc. XVII.
No lado direito, junto à porta, existe uma pia de água benta em cantaria insular.
O altar ostenta um bem executado retábulo maneirista, em talha policromada, tendo ao centro uma tela representando Nossa Senhora da Graça. O tímpano desde retábulo é de feição triangular, decorado com uma grande pomba, simbolizando o Divino Espírito Santo.
Na sacristia encontramos um lavabo em cantaria de cor embebido na parede.
A ermida é construída em alvenaria de pedra rebocada e pintada de branco com embasamento castanho.
A cobertura é em telha marselha de duas águas na capela e uma na sacristia. A do nártex é de quatro águas com telha romana de beiral duplo.
Época de Construção Inicial: Séc. XVII / XVIII
Utilização Actual: Cultual
Propriedade: Privada – Igreja Católica
Proposta Preliminar de Classificação no inventário realizado: Imóvel de Interesse Público
Observações: A capela foi mandada construir pela Confraria de Nossa Senhora da Graça, desconhecendo-se o ano da sua edificação. Sabe-se, no entanto, que ela sofreu profundas obras de restauro em 1750.
Recentemente o alpendre foi fechado lateralmente.
A sua festa era organizada vivamente pelo povo do sítio.
Referência Bibliográfica:
CRISTOVÃO, Carlos (1989): Elucidário de Machico, Câmara Municipal de Machico, 3ª edição, Machico.
SILVA, Padre Fernando Augusto da (1946): Subsídios para a História da Diocese do Funchal, Vol. I, Funchal.